A investigação sobre o Instituto Viver, entidade com sede em São Luís (MA), ganhou novos desdobramentos que devem ser encaminhados ao Ministério Público do Maranhão (MP-MA). O caso, que já apura supostos favorecimentos em licitações e desvios de recursos públicos de prefeituras maranhenses, agora pode revelar um elo com uma agência de viagens extinta em 2019.
De acordo com informações obtidas pela nossa redação, a referida agência teria funcionado como instrumento para lavagem de dinheiro ligada às operações financeiras do Instituto. O vínculo chama atenção pelo fato de a empresa ter encerrado suas atividades quatro anos após a abertura da instituição investigada, o que reforça as suspeitas sobre a relação entre os dois CNPJs.
Entre os elementos apurados, documentos sigilosos apontam para o nome de Ênio da Silva Rocha, esposo da atual presidente do Instituto Viver. Ele é citado como possível operador financeiro do suposto esquema e segundo fontes, pode estar atuando também como articulador central da suposta rede criminosa. Estima-se que os desvios cheguem a quase meio milhão de reais, envolvendo diferentes municípios do Maranhão.
As movimentações suspeitas teriam ocorrido entre 2015 e 2019, período em que a agência de viagens ainda estava ativa e poderia ter servido como canal para escoar recursos de origem ilícita. A coincidência temporal, aliada ao surgimento de novas provas documentais, pode resultar na ampliação do escopo da denúncia junto ao MP-MA, que já acompanha o caso.
Até o momento, não houve manifestação do Instituto Viver sobre as novas acusações. O Ministério Público, por sua vez, mantém as investigações em andamento e não descarta a inclusão de novas linhas de apuração, principalmente em torno das possíveis conexões empresariais e financeiras que sustentariam o esquema.
O caso segue em investigação e promete trazer novos capítulos explosivos sobre o uso de entidades sem fins lucrativos e empresas privadas como fachada para o suposto desvio de dinheiro público em prefeituras maranhenses.

