A denúncia de três servidores da Secretaria de Infraestrutura do Maranhão (Sinfra) por fraude em sistema interno do governo estadual, com o objetivo de associar falsamente o presidente estadual do MDB, Marcus Brandão, a uma empresa contratada pelo Estado ganhou repercussão nacional após publicação da revista Veja. Segundo o Ministério Público do Maranhão, Webston Carlos Inojosa Neves, Gilberto Pereira Martins e Carlos Augusto Silva criaram um perfil falso em nome do empresário e dirigente partidário no sistema eletrônico de informações (SEI) da Sinfra. O nome dele foi vinculado à empresa Vigas Engenharia Ltda., contratada para obras públicas, numa tentativa de sugerir favorecimento ilícito.
A fraude, conforme o MP, visava dar aparência de legitimidade a uma ligação inexistente entre Marcus Brandão e a empresa. O caso chegou ao Supremo Tribunal Federal seis meses depois, quando uma petição anônima utilizou as informações adulteradas para pedir investigação contra a família Brandão.
Os três servidores se tornaram réus por peculato digital, crime que prevê pena de dois a doze anos de prisão. A denúncia foi recebida pela juíza Lidiane Melo de Souza, da 2ª Vara Criminal de São Luís.

