Conversas interceptadas pela Polícia Federal revelaram que integrantes de um suposto esquema de desvios de recursos da Educação no Maranhão citavam a cidade de Estreito como parte do fluxo de propina. Em áudios anexados ao inquérito, investigados se referem a valores destinados ao município como “presentinho”, termo usado para designar pagamentos ilícitos a servidores públicos. As informações são do colunista Fábio Serapião, do Metrópoles.
De acordo com o relatório, um dos intermediários afirma que seria necessário “um pagamento de Estreito” para garantir vantagens junto a uma secretária municipal antes de uma reunião. Para a PF, o diálogo confirma a prática de repasse de propinas como condição para manter o esquema ativo.
A cidade aparece em meio a uma investigação mais ampla, a Operação Lei do Retorno, que apura suspeitas de corrupção, fraudes em licitações e lavagem de dinheiro em contratos de material didático. Desde agosto, já foram quase 100 mandados e cerca de R$ 2,5 milhões em dinheiro, cheques e bens foram apreendidos.

