Alguns dos parlamentares maranhenses que votaram a favor da chamada PEC da Blindagem, aprovada em dois turnos pela Câmara dos Deputados, podem acabar se beneficiando da proposta, caso seja aprovada também pelo Senado Federal. Ao menos quatro deles são alvos de investigações na Polícia Federal, Ministério Público e Supremo Tribunal Federal por suspeitas que envolvem corrupção, desvio de recursos e compra de votos.
São os casos Josimar Maranhãozinho, Pastor Gil e Júnior Lourenço, todos do PL, e Josivaldo JP, do PSD. O presidente de honra do PL é apontado pela PF como líder de um esquema de desvio de verbas da saúde. O companheiro de partido Pastor Gil responde por corrupção passiva e organização criminosa no mesmo processo.
Júnior Lourenço foi denunciado pelo MP-MA por envolvimento em desvios quando era prefeito de Miranda do Norte, na Operação Laços de Família. Por fim, JP é investigado por suposta compra de votos em Imperatriz no ano passado, quando foi candidato a prefeito.
Todos apoiaram a proposta que cria barreiras adicionais para investigações, prisões e processos contra parlamentares, exigindo autorização prévia do Congresso.