A Polícia Federal apura se o advogado Nelson Wilians, dono de um dos maiores escritórios de advocacia do país, lavou dinheiro para o empresário Maurício Camisotti, apontado como beneficiário do esquema de fraudes contra aposentados e pensionistas do INSS. Segundo o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Wilians movimentou R$ 4,3 bilhões em operações suspeitas entre 2019 e 2024. Os dois foram alvos da Operação Cambota, desdobramento da Operação Sem Desconto, nesta sexta-feira (12).
Conhecido por ostentar mansões, carros de luxo, avião particular e viagens internacionais nas redes sociais, Wilians mantém uma unidade de seu escritório instalada na área nobre da capital maranhense.
A investigação aponta que, além da relação profissional com Camisotti, Wilians realizou pagamentos que somaram R$ 15,5 milhões ao empresário. Entre os negócios sob análise, está a compra de imóveis em regiões de alto valor em São Paulo. A defesa do advogado afirma que todas as transações têm origem lícita e que ele colabora integralmente com as autoridades.

