A ação penal que pode levar à cassação dos mandatos dos deputados federais Josimar Maranhãozinho e Pastor Gil, além de causar a inelegibilidade do suplente Bosco Costa, todos do PL, entrou em sua etapa final no Supremo Tribunal Federal (STF). O processo, relatado pelo ministro Cristiano Zanin, chegou à fase de alegações finais, última oportunidade para manifestação das partes antes do julgamento.
A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa os parlamentares de corrupção passiva e organização criminosa. Eles são investigados por suposto esquema de desvio de emendas parlamentares destinadas à saúde municipal. Segundo a PGR, os deputados teriam exigido R$ 1,6 milhão do então prefeito de São José de Ribamar, Eudes Sampaio, em troca da liberação de R$ 6,6 milhões em emendas federais. A Polícia Federal apontou que o modelo de cobrança se repetiu por cerca de cinco anos e incluía ameaças a prefeitos que se recusassem a repassar parte dos valores.
Com o envio das certidões de antecedentes criminais e a entrega das manifestações da defesa e da PGR, o ministro Flávio Dino, presidente da Primeira Turma do STF, deve definir a data do julgamento. Caso sejam condenados, os parlamentares podem perder o mandato e ficar inelegíveis.

